quarta-feira, 3 de julho de 2013

Da novela da AR

Antes de mais, por herança familiar sou CDS, o meu pai e o meu padrinho fizeram parte das primeiras listas do partido lá na ilhota. Lembro-me de ser pequena e de sair da escola pela mão do meu pai e ir à sede chamar o padrinho para lancharmos. Lembro-me das discussões politicas entre eles, de não perceber nada do que diziam mas de achar que estavam mesmo a discutir coisas importantes. Gostei de ver o meu padrinho orgulhoso aquando das ultimas eleições legislativas em que o CDS foi a segunda força política da ilha e sei que se o meu pai fosse vivo era uma semana de festa e bebedeira na certa. Sou do PAN por afinidade, acho que fazia falta uma força política que se preocupasse com os direitos dos animais e da natureza e achava, como ainda acho, que os Verdes não estavam a cumprir o seu papel. Com o tempo, e muito por culpa da curiosidade que vive em mim ,tenho aprendido a apreciar e a valorizar o trabalho do PCP e do Bloco.
Passando ao que interessa.
Não gosto de Passos Coelho, nunca gostei! Era um jotinha que nunca fez nada na vida, que só subiu porque andou a lamber cus no partido, que chegou a primeiro ministro porque era giro e fazia um bom boneco em frente à televisão, que é um pau mandado dos barões do PSD e da Maçonaria, que não tem ideias próprias e que não percebe nada de nada de gestão.
Pelo contrário gosto muito de Paulo Porta, sempre gostei! Para o bem e para o mal é politico quase desde que nasceu, percebe da coisa, escreve bem, teve berço e é filho de uma das mulheres que mais admiro em Portugal. Tem visão, é esperto, adapta-se bem a qualquer situação e põe os pontos nos is quando é necessário.
Odeio Gaspar, Relvas e Cavaco! Se há pessoas a quem tenho asco, a quem era capaz de rodar a saia e cuspir na cara são estes três! O primeiro por ser um babado com manias de superioridade. Por não se saber adaptar às situações e aos públicos, por achar que somos todos uns burros e que ele é que está certo, por se refugiar por detrás daquela figura de pseudo-intelectualoide do excel e por responder mal aos jornalistas, que quer ele queira quer não, são (ou deveriam ser) a voz que leva as questões dos tugas a sua excelência e o microfone que transmite as suas respostas. O segundo penso que não há muito a dizer, é um espertalhão, um vendilhão, um gabarolas que só entrou no governo porque tem necessidade de afirmação e porque tinha uns negócios para fazer que só correriam bem para o seu lado se tivesse no governo e pudesse puxar cordelinhos. O terceiro porque finge-se de morto, e porque foi quem colocou o país no estado em que está, sim, foi esse magano que desatou a construir autoestradas, que incentivou os pescadores a abaterem as suas frotas e a viverem de subsídios, que cagou de saco para a agricultura e que agora vem do alto do seu bronze made in Praia da Coelha dizer que Portugal precisa de investir na agricultura e nas pescas. Really?
Gosto muito da Manuela Ferreira Leite, é uma péssima política, não percebe nada de comunicação nem de marketing político, mas tem ideias, é inteligente, integra, sabe o que é melhor para o país, não cede a lobbies e há muito que previa este descalabro que tem vindo a acontecer.
Se duvidas houvessem tirei-as ontem, somos governados pela Maçonaria e quem dá a cara é uma cambada de palermas, mimados, teimosos e com necessidades de afirmação. Senão vejamos, Pedro Passos Coelho elege para Ministra das Finanças uma senhora que está a ser investigada por ter feito contratos danosos para o estado português, Paulo Portas, parceiro de coligação (sem o qual Coelho não conseguiria governar porque não teria maioria parlamentar e teria todas as suas ideias vetadas) diz-lhe que não concorda e pede-lhe que arranje outra pessoa. Coelho vai à sua vidinha não atende mais o telefone ao parceiro de coligação e endossa a senhora a Ministra. O que fariam vocês? Continuavam a apoiar e a fazer coligação ou batiam com a porta? Sendo que se continuassem seriam co-responsáveis pelas atitudes e pelo trabalho da ministra Swap... Eu faria exactamente o que fez Portas, saía porque não estava para ser responsabilizada por algo com que discordei.
Sinceramente, acho que o país deve ir para eleições, não concordo com um governo de iniciativa presidencial nem com um governo de salvação nacional. Acho que não deveria ser dado um único tostão para as campanhas se os partidos quisessem fazer campanha que fizessem com fundos do próprio partido ou das empresas que os apoiam (e não me venham com merdas da parcialidade que desde que me conheço como gente que há mil empresas a financiar partidos pela porta dos fundos sem se dar muito por isso). Acho que o tuga devia sair da sua zona de conforto e deixar de votar centrão-poleiro (PSD-PS-CDS). Gostava muito que o próximo governo fosse uma coligação CDS-BE-PCP, porque só assim estaria assegurada a imparcialidade do estado, os lobbies iam todos à vida, e finalmente teríamos um governo preocupado com o país e não com os bolsos da Maçonaria.
Se não for para ser assim, que se mantenha o governo como está, que saia Passos e entre Ferreira Leite, que se vá buscar Ribeiro e Castro, Rui Rio, Marques Guedes e Mota Amaral, e que se mantenha Assunção Cristas e Mota Soares, e que se reze, reze muito para os juros não descerem ainda mais.




2 comentários:

  1. Permite-me discordar. O Paulo Portas, ao contrário do falecido irmão, é dos políticos que mais nojo me metem... um rato. Nunca gostei dele. O irmão, era completamente diferente, muito fiel às suas convicções.

    BE/PCP são necessários numa oposição, para fazer abrir os olhos, mas nunca a liderar um país. Seria colapso...

    O nosso mal, querida princesa, é que não termos políticos idóneos. Muita teoria, muita defesa do povo, mas mal chegam ao poder, à bom madeirense, "querem é mamar"!

    Quanto ao Gaspar, correndo o risco de me correres a pontapé, até gostava do gajo. Era complemente alheio às sondagens. Fez o que tinha a fazer. Não era político, ao contrário do "chefe dele".

    Estou completamente descrente com a classe política neste país. Neste calhauzinho perdido no atlântico então...

    Há que rejuvenescer a classe política em Portugal. Expulsar o "experientes", que contribuiram de uma forma ou de outra para o estado da nação...

    Precisamos de uma desinfecção política.


    ;)


    Ah...e não é com rezas que isto vai ao lugar...



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    1. He!he!he! Eu não corro ninguém a pontapé e até gosto muito de ouvir opiniões diferentes das minhas porque me ajudam a compreender outros pontos de vista e a sedimentar, ou não, o meu. :D
      Infelizmente a esquerda tem uma péssima comunicação mas no fundo, são eles quem na AR e no Parlamento Europeu mais propõem, mais debatem e a que menos lobbies estão sujeitos.
      Sabes que eu era completamente contra a esquerda, principalmente contra a esquerda caviar, mas depois devido à minha vida profissional, tive de trabalhar com partidos políticos e mordi a língua com o meu próprio veneno, não é que aqueles tipos eram os que mais trabalhavam, os mais idóneos, os mais íntegros, os que não cediam a qualquer tipo de lobbie, os que trabalhavam pelo país e não pelo partido ou pelos amigos da mamadeira?
      Tenho imensa pena que o Francisco Louça tenha saído da vida política e que o Bloco não tenha "uma cara" que transmita confiança e que tenha capacidade de passar "cá para fora" tudo o que o bloco é. Tenho imensa pena que a esquerda portuguesa faça um ótimo trabalho no Parlamento Europeu e que em Portugal não se perceba, não se saiba isso.
      Em relação à política na ilhota, um dia escreverei sobre isso, mas digo-te, saí daí fará 9 anos em Setembro e prometi que só voltava (para viver, que eu de férias ando sempre aí) no dia em que o regime do AJJ caísse e os Jaime Ramos, os Avelinos Farinha e Agrela e os Sousas dessa terra fossem todos fugidos para o Brasil.

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